segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sorvete de casquinha

Tem filmes que marcam... sem muita explicação... simplesmente marcam!
É o caso do Tudo Acontece em Elizabethtown. Não pela história do filme em si, mas pela riqueza dos dialógos que nos remetem para outros lugares. Cada personagem já vem para a história comum carregado de vivências, de experiências, na grande maioria experiêncis produtoras de "calos", de aprendizados, que eles se esfoçam em passar aos outros (e tb a nós que estamos assistindo o filme).
Impossível não se identificar com algum deles, com alguma fala, com alguma frase. É a vida humana em todo sua finitude retratada neste filme. Já o citei várias vezes, em conversas com amigos.
Nele tem a cena mais linda que já vi de um velório. A atriz que interpreta esta cena é fantástica, nos faz rir e chorar ao mesmo tempo, no paradoxo da vida.
Mas talvez o diálogo que mais me marcou foi um sobre sorvete de casquinha, em que o "mocinho" elogia a "mocinha" e esta por se achar (e se colocar neste lugar) de pessoa substituta, como ela tão bem defini no filme, não aceita o elogio, dizendo não precisar de sorvete de casquinha, algo que é muito gostoso e por isto faz bem, mas que só dura 5 minutos.
Na época me indentifiquei com esta fala, também não gosto de elogios... muitos não parecem sinceros.
Além disso, achava que o que importava era a continuidade. O que adiantava um elogio hoje, se amanhã ele não se sustetava mais, aquela pessoa que te elogiou nem olha mais na tua cara?
Mas hoje... não sei o que mudou... só sei que tenho vontade de berrar que A VIDA É FEITA DE SORVETES DE CASQUINHAS... que são na verdade momentos! Um aqui, outro ali... e assim seguimos a vida. Eles nos ajudam a viver... e não precisam durar, pois logo, na próxima esquina, encontramos outro, de outro sabor...que nos proporciona a vivência de outras sensações.
Além do mais, se o sorvete nunca derretesse, fosse eterno, aposto que não seria tão bom!
Então, viva o sorvete de casquinha, os momentos, os pequenos prazeres da vida!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Canção Tema do dia... acordei com esta música na cabeça...um roquinho "grudento"mas do bem rsrs

MAIS UMA NOITE - LOCOMOTORES

Quanto tempo faz
Que você faz comigo o que bem quer?
Não me dá satisfação
Manda, desmanda e diz não
Não sei mais quanto tempo faz
Que você me deixou pra trás
Não me dá satisfação
Me tira pra trouxa e locão
Mesmo assim não vou dizer
Que não sou louco por você
Porque eu sou assim
Não precisa me querer
Eu sei levar a vida sem você
Só quero mais uma noite pra mim
Ver os amigos me faz bem
Rolar um som, enlouquecer
Viva a vida lá na rua
E não ligue a TV
Sai de casa, não ajoja
sai da casa, faz fumaça
Perde os flaps e a rima
Rouba o cone, passa a Lima
Mesmo assim não vou dizer
Que não sou louco por você
Porque eu sou assim
Não precisa me querer
Eu sei levar a vida sem você
Só quero mais uma noite pra mim
Mesmo assim não vou dizer
Que não sou louco por você
Porque eu sou assim
Não precisa me querer
Eu sei levar a vida sem você
Só quero mais uma noite pra mim
Só quero mais uma noite pra mim
Só quero mais uma noite pra mim

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

...amadurecendo...


- Qual o objetivo? Todas aquelas horas e todo aquele dinheiro. Por que? O mundo é um lugar horrível. Jovens morrem por doenças. Não faz o menor sentido tentar ser feliz num mundo tão horrível.

- Sim.

- O que?

- Sim. Coisas horríveis acontecem mesmo. Felicidade acima disto tudo? Esse não é o objetivo. SE SENTIR HORRÍVEL E SABER QUE VOCÊ NÃO VAI MORRER POR ESTES SENTIMENTOS, este é o objetivo. E você ainda não terminou. Você progrediu porque está sentindo e está me contando. Há seis meses, seria só você e uma garrafa de tequila.


Falas de uma cena de Grey`s anatomy, um seriado americano. Nesta cena está Meredith conversando com sua analista, quando a encontra no elevador do hospital onde trabalha, após um dia de trabalho, e por que nao dizer, de sofrimento.


Este foi um episódio que me marcou e acho que esta cena, especificamente ilustra bem o "objetivo" da análise.

Lembrei dela este fim de semana... após minha festa de aniversário, um festão diga-se de passagem, uma amiga me disse que ocorreram tantas coisas boas porque eu estava feliz. Disse que estava com uma energia boa, que podia sentir que eu estava leve e feliz. Escutei isto e pensei, sim estava de bem comigo mesmo. Mas aí parei pra pensar o que tinha de diferente... pensei no dia que tinha tido e me dei conta que foi um verdadeiro inferno. Briguei com minha irmã, estava deprimida com a passagem do tempo anunciada pela minha mudança de idade e preocupada com inúmeras coisas, como falta de dinheiro. Horas antes da festa escutava músicas e fazia uma retrospectiva, principalmente do último ano. Lágrimas escorriam pelo meu rosto...uma dor no peito...

Apesar de tudo isto, e talvez justamente por causa de tudo isto, sai para a festa disposta a aproveitar a vida, a viver! E foi o que fiz.

Saber que a vida é dura, sentir todos os sentimentos que ela desperta e saber que não vai morrer por causa disto, que pode ajeitar o cabelo e continuar seguindo em frente "é o que há de bom"!