sábado, 28 de abril de 2012

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.” (Clarice Lispector)

sábado, 14 de abril de 2012

Um giramundo como eu :)

Acordei com esta música na cabeça... e neste ritmo seguirei meu findi!

"se caminhando eu encontrar alguém que pensa como eu, será o fim desta estrada, e finalmente irei parar. Contando os dias esperarei e de passo em passo eu procurarei e acharei...um giramundo como eu!"

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Minha vida sem mim...again!

Estou assistindo pela quinta vez o filme "Minha vida sem mim". Desta vez assisto com os alunos de uma das turmas do técnico em enfermagem. A proposta é assistir para abrir a discussão sobre o tema da "morte".
Um profissional da saúde deve estar preparado para lidar com a morte dos pacientes. Porém, só conseguirá lidar de forma adequada com a morte de um paciente quando conseguir lidar com a própria finitude, com a impotência diante de coisas que extrapolam e nos esfregam na cara o quanto somos seres limitados, apesar de insistirmos o tempo todo em negar isto.
Vivemos como se não fossemos morrer nunca. Deixamos para trás coisas importantíssimas e só nos damos conta disto quando encaramos o limite de frente. É algo paradoxal! O não encarar o fato de que vamos morrer, nos impede de viver de fato cada momento da vida.
Ano passado, após assistir este mesmo filme, pedi para os alunos (outra turma) fazerem uma lista de coisas que gostariam de fazer antes de morrer. Uma aluna, muito sinceramente, disse "não faz sentido eu fazer isto, são coisas que não vou fazer agora, só daqui muito tempo". E eu perguntei "por que? É justamente isto que quero que vocês façam... que pensem e assumam a responsabilidade pela vida de vocês! Por que deixar para depois? Tu tem certeza que tu tem todo este tempo que ta falando?E se tu, agora ao sair da escola, sofrer uma acidente? Não deixa para depois o que tu colocaria na lista! A menos que sejam coisas impossíveis de fato. Neste caso reveja teus sonhos..."
Enfim, uma pequena dinâmica para acordá-los para a vida. De fato, todo mundo precisa disto. Até eu! E por isto que estou aqui assistindo pela quinta vez este filme... hoje, diferente da primeira vez, não tenho mais 24 anos como a protagonista... logo, minha atenção se focará em outras partes... vamos ver no que hoje ele me tocará! :)