domingo, 25 de janeiro de 2009

O que me emociona no momento...

Há alguns meses atrás, duas amigas em dois momentos diferentes me falaram desta música... Qdo a primeira amiga me passou a música, ouvi e não dei muita bola... logo depois a segunda amiga comentou, perguntando se eu conhecia. Disse que sim e só.
Agora, passados alguns meses estava em busca de alguma música "nova" para ouvir e a encontrei nos meus arquivos. A escutei e as lágrimas escorreram pelo meu rosto. O que estava acontecendo?
Os versos embalados pelas belas vozes de Marisa Monte e uma outra cantora que não me recordo o nome, tocaram-me fundo. A vida tem destas coisas, um dia algo não faz o mínimo sentido e em outro este mesmo serve como um dispositivo que abre para múltiplos sentidos.
Talvez na época que a ouvi pela primeira vez, estivesse vivendo "minha ilusão", e agora esteja vivendo um período "entre ilusões". Aquela já não me basta mais, se mostrou frágil ao real da vida.
Às vezes, é necessário saber quando uma ilusão não nos serve mais, não sustenta mais a ilusão maior (que seria a felicidade? completude? sei lá...). E aí, neste momento é preciso reconhecer isto e saber se despedir dela. Reconhecer a "perda", agradecer pelo bem que ela nos fez e seguir adiante, até encontrar a próxima que nos faça viver melhor. Mas será que o que sustenta esta busca, este espaço "entre ilusões", é a ilusão maior?
Assim, parece difícil viver sem ilusão... sem sonho, sem devaneio, sem esperaça!
Então, enquanto uma e outra "You have five minutes to wallow in the delicious misery.Enjoy it, embrace it, discard it...and proceed" ao som desta linda música:
http://br.youtube.com/watch?v=drbXubLO6eQ

Ps.: tks Ju e Le pela dica da música...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

no playlist...

Há sempre
A pequena chance
De o impossível rolar...

by Nando Reis

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Doses de verdades (?)

Às vezes é duro viver,
é difícil respirar.
Olhar para os lados pode ser assustador,
não por não se ver nada...
mas pelo que se vê.

A brutalidade de algumas coisas, de alguns acontecimentos, é tão grande que chega a ficar imperceptível a olhares pouco atentos.

...sem mais para o momento... hoje sucumbirei a dor da existência, rogando por um pouco de espaço possível, um espaço que me distancie desta devastação de pequenices (e imundicies) humanas e me permita contemplar um novo caminho a seguir...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

...um pouco de poesia...

'Desejos vãos'

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e tensa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza...
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras... essas... pisa-as toda a gente!...

Florbela Espanca